Hoje faço uma retrospectiva da vida, que nem sempre foi um mar de rosas.
Refiz minha vida com o meu mais que tudo.
Adotei um filho que o amo da mesma maneira que amos os dois filhos que tenho.
Foi, e é um orgulho ver os três filhos a darem se bem.
Vi cada um dos meus três filhos a sair de casa e irem á vida deles.
Com os filhos em casa seria dia de casa cheia.
Mas os filhos decidiram cada um deles voar para longe.
Mas os filhos decidiram cada um deles voar para longe.
Cada um deles fez a sua vida, ao lado da sua cara metade.
Ao princípio não estava preparada para os deixar voar, se calhar nem estaria daqui a muitos anos.
Não estava preparada para os ver partir e conhecer coisas novas.
Não estava preparada para os ver partir e conhecer coisas novas.
Não tinha noção que ia sentir de vez em quando, a falta deles.
Não sabia que sentia que parte de mim ficaria dormente, com o coração apertado.
Pois o coração de mãe pressente quando eles não estão bem.
Não sabia que iria sentir a falta de cada um deles.
Cada um deles tem o seu feitio, mas todos eles são meigos, carinhosos, responsáveis, honestos e íntegros.
Não digo isto só por ser mãe, mas foram criados com educação, carinho, com respeito e com amor.
Nunca me disseram, nunca me explicaram, como seria quando eles fossem à vidinha deles.
Os meus pais nunca me disseram quando eu sai de casa, ou quando as minhas irmãs também o fizeram, se foi isto que sentiram.
Nunca me fizeram saber o que sentiram quando saímos.
As minhas amigas também nada disseram, quando os filhos delas saíram, pois eram outros tempos outra época.
Não sabia que iria sonhar muitas vezes com eles e passar algumas noites acordada a pensar se está tudo bem com todos eles.
Não sabia que iria sonhar muitas vezes com eles e passar algumas noites acordada a pensar se está tudo bem com todos eles.
Se comem bem, se têm frio, se tem roupa lavada, se são felizes, se, se, se, e se...
Mesmo falando por telemóvel, por mensagens ou por vídeo chamada, nem sempre fico tranquila.
Mesmo falando por telemóvel, por mensagens ou por vídeo chamada, nem sempre fico tranquila.
Como se não bastasse estou a mais de 2000 km de distância, se para perto já é preocupante, com esta distância é assustador.
O que me alivia é saber que eles têm as mulheres ou marido a seu lado.
É um sentimento que não consigo descrever.
Admiro qualquer um dos três filhos que tenho, pela coragem de trocar o conforto do lar e da família.
Pois foram ao encontro do certo pelo incerto, foram em busca do desconhecido e sem medo.
Fizeram suas vidas, deram me netos, e ainda virão mais, dos quais tenho saudades.
Deixaram de ser meus para passar a serem do mundo e das mulheres ou homem que escolheram.
Sempre soube que eles iam crescer e que seguiriam caminhos diferentes.
Sei que iriam à conquista do mundo, da vida tal como eu o fiz.
Mas caramba não sabia que iria preocupar me tanto.
Não sabia que ao saírem debaixo da minha vista e da "minha asa" ia ficar preocupada.
Ninguém me disse como eu iria lidar com a situação.
Talvez com o tempo e o passar dos anos, passe a ser mais fácil de aceitar e de lidar com tudo isto.
Meus filhos vocês são o meu orgulho.
De Fátima Mendes
Dia 28-9-2022
Dedico isto a vocês meus filhos. O primeiro Hugo, depois a Liliana e o caçula, João |
A minha Pipoca é babosa e hoje está sentimental. Beijinhos a todos.
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