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terça-feira, 20 de setembro de 2022

A geração de aço...

Está a morrer aos poucos a geração de aço, para dar passagem à geração de porcelana. 
Está a morrer a geração sem estudos, mas educados.
Antes não existia as ferramentas, e as pessoas faziam acontecer. 
Hoje a geração de porcelana tem as ferramentas e não as sabe usar.
Está a morrer a geração sem estudos e sem cultura mas que educou os seus filhos, a respeitar o próximo. 
Aquela geração que, apesar da falta de tudo, nunca permitiu que faltasse o indispensável em sua casa.
Aquela geração que ensinou valores, começando pelo amor e pelo respeito pelo próximo.
Antigamente as pessoas ensinavam aos homens o valor de uma mulher.
E às mulheres o respeito e o valor pelos homens.
Antigamente, vivia-se com  pouco luxo, e as pessoas não se sentiam frustradas (os) com isso.
Hoje a geração de porcelana vive reclamando de tudo e de nada.
Antigamente as pessoas trabalhavam desde tenra idade e ensinavam o valor das coisas, e não o preço.
Antigamente as pessoas trabalhavam e ensinavam que sem trabalho e sem sacrifício nada se tinha.
Hoje a geração de porcelana quer ter tudo, sem ter de fazer nada.
Vão morrendo as pessoas que passaram por mil e uma dificuldade, e jamais desistiam de ensinar e passar o seu testemunho aos mais jovens. 
Ensinavam e incutiam a não desistir e também os ensinavam a viver com dignidade.
Aquelas pessoas que depois de uma vida de trabalho e de sacrifício, iam com as mãos enrugadas, e o cansaço estampado no rosto,  mas iam de cabeça erguida.
Uma geração de aço que se foi adaptando aos tempos modernos.
A geração que ensinou a viver sem medo está a morrer.
Sim, está a morrer a geração que nos deu a educação, a integridade e a vida.
Para nascer uma geração de porcelana.


De Fátima Mendes

Dia 20-9-2022




 

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