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terça-feira, 27 de junho de 2023

Surreal...

Acho sureal quando algumas pessoas dizem que o dinheiro me subiu à cabeça, que tenho a mania, entre outras coisas.
Sou, efetivamente, o contrário sempre ajudei todas as pessoas ao longo da minha vida.
Sei que digo o que penso quando estou com os "azeites".
Tenho plena noção disso. 
Mas depressa passa, quem me conhece sabe que é verdade.
Respondo torto quando acho que o devo fazer, ou simplesmente, calo-me. 
Pois o calado vence tudo.
A vida ensinou-me a defender,  da má língua de certas pessoas. 
Pois quando a inveja e o ciúme é muita as pessoas falam o que não sabem. 
Pois deitam-se à  noite a pensar o que dirão no dia seguinte.
Sou de conversas longas ou de silêncios extremos. 
Mas jamais invejei fosse o que fosse de alguém. 
Sou de sorriso e gargalhada fácil para as pessoas que gosto e me cercam, mas para as que não gosto demonstro.
Sempre fui carinhosa, mas consigo também, ser fria.
Como diz o velho ditado " quem não se sente, não é filho de boa gente".
Afinal, o que é  ser má?
Ouvir e calar-me? 
Sempre me mantive fiel às minhas convicções, mesmo quando tentam convencer-me do contrário.
Já me apelidaram de várias coisas, inclusive de ter o nariz empinado e de ter manias que sou mais que os outros.
O certo é que eu não nasci para agradar a toda a gente. 
 Seria um tédio não ter quem me inveja-se, quem me criticasse ou até terem ciúmes.
Mas essas pessoas que invejam e têm ciúmes, deviam primeiro calçar os meus sapatos, pois só assim entenderiam.
Como diz o velho ditado " vez o que eu tenho, mas não vez os tombos que dei".
Sou e sempre serei fiel aos meus princípios.
Dou (muito) valor a coisas que vejo cada vez mais serem banalizadas.
Como por exemplo o respeito, o amor pelo próximo etc...
Sou o 8 ou o 80, não existe o meio termo.
Sou assim porque é o meu feitio por natureza. 
Detesto a falta de carácter, a injustiça, a hipocrisia e a falsidade.
Simplesmente eu sou assim, e amo ser como sou!


De Fátima Mendes 

Dia 27-6-2023



quinta-feira, 15 de junho de 2023

Não é...

Não é a família que faz as pessoas. 
Mas sim as pessoas, que fazem a família. 
Por isso é que há amigos que são família, e há famílias em que não são amigos. 
Há famílias em que as pessoas não são amigas, e muitas viram conhecidas.
O grau de parentesco não chega para unir uma família só, o grau de amor tem de ser demonstrado e sem comparação, pode estabelecer o vínculo para lá do que determina a árvore genealógica. 
Cabe à matriarca da família zelar por ela, apoiar, não tomar partido.
A árvore genealógica pode vir de longe e não ter raízes fundas. 
Pode ter muitos ramos e em nenhum se abrigar um ninho. 
Não é o facto de pertencer a uma família que faz com que exista sentimento de pertença.
É a existência do sentimento de pertença que estreita os laços e não deixa que se desfaçam.
Esses laços tem de vir de berço e serem construídos pela vida fora.
Não é a família que justifica o amor, é o amor que justifica a família. 
Fomos o que fomos no passado e esse é o reflexo da nossa imagem no presente.
Pouco pode o tronco de uma árvore genealógica contra corações que não entroncam uns nos outros.


Fátima Mendes 


Dia 15-6-2023



quinta-feira, 8 de junho de 2023

Sou o resultado de...

Sou o resultado de todas as histórias, que já vivi. 
Hoje consigo olhar para o meu passado, e sei ver onde estive bem, e onde estive mal. 
Onde errei e onde acertei.
Sei que errei e vou errar, mas também sei que vou acertar, contudo tento sempre não cometer erros , igual aos do passado. 
Pois é com os erros e com os defeitos que aprendemos, mas enquanto vivermos estaremos sempre a aprender.
Na verdade somos todos alunos de uma vida.
Nunca gostei de pessoas que se achavam e acham-se perfeitas.
Sempre me interessei mais pelas pessoas que sabem que são imperfeitas. 
As que já erraram muito, têm a noção dos erros que cometeram.
Pois já sofreram muito e deram a volta por cima.
Acho que esse tipo de pessoas são as que mais nos ensinam e sem dúvida alguma as mais interessantes.
Hoje em dia o amor está banalizado, e as pessoas preferem alguém bonito, que tenha dinheiro, um bom carro, uma boa casa enfim...
Muitas das pessoas com quem nos cruzamos por aí, vivem de aparências, e em casa passam menos bem. 
As pessoas preferem isso porque têm na cabeça delas que isso é sinónimo de felicidade.
Na verdade isso ajuda na felicidade, ajuda-nos a sentir melhor, desde que nós estejamos com uma pessoa que se gosta, que se ama e que nos trata bem.
Caso contrário não vejo onde isso possa ser benéfico.
Porque no início pode ser tudo muito bonito, mas com o passar do tempo as coisas acabam por colapsar.
Não há nada neste mundo que pague a nossa paz de espírito, o nosso bem estar emocional, disso podem ter a certeza.
As pessoas fazem connosco o que nós permitimos. 


De Fátima Mendes 

Dia 8-6-2023


quarta-feira, 7 de junho de 2023

Reviver o passado!

Estive a matutar o que é para mim o Alentejo...
A  Vila onde nasci pertence ao distrito de Portalegre. 
Alter , é uma vila muito bonita e muito hospitaleira. 
O Alentejo é colo, é abraço, é hospitalidade, é carinho é...
Pão com azeitonas, sopas de café, papas de farinha que  a minha avó Susana fazia quando íamos para casa dela.
Era a canjinha que ela fazia maravilhosamente bem, e ponha na terrina e nos servia, eu pequenina adorava estar com ela. 
Era a torrada feita com um garfo à lareira barrada com toucinho (comi muitas vezes e a minha avozinha dava nos com tanto carinho.  Nunca mais comi torradas que me soubessem como aquelas) .
Eram tortas, eram roscas, pão tanta coisa comprada na loja do " senhor Domingos Malafaia" na "loja da senhora Domitilia" etc...
Eram enchidos do talho do "Malafaia".
Eram os caldinhos ou sopinhas feitas pela minha avozinha.
Eram histórias e mais histórias que a minha avózinha, e as vizinha da rua nos contavam, no Inverno, com a braseira debaixo da mesa. 
Era aos domingos, frango tostado, frango de tomatada, frango de fricassé, na casa da minha mãe.
Eram comeres vegans que não eram resultado de "modas" mas de dificuldades financeiras e de muita criatividade. 
Pois comia se o que havia.
Eram as cadeiras na rua, depois do jantar, onde as pessoas se sentavam para conversar. Eram cadeiras  na rua durante a tarde pela fresquinha onde as mulheres se sentavam umas a fazer meia ou renda, outras a catar os miúdos de piolhos e os gaiatos e gaiatas  brincavam.
Eram as melodias cantadas pelos homens, diferentes do que se ouvia na cidade grande. 
Era o calor sufocante que até custava a respirar e a àgua fresca da fonte ou do poço do quintal quem o tinha.
Era a liberdade de brincar na rua, sob o olhar atento da avó e das vizinhas. 
Era as fogueiras nas ruas onde saltava-mos,  era os folares comidos  à sombra das àrvores.
Eram amigos que hoje, quase cinquenta anos depois, ainda guardo.
Era aquela paisagem onde o olhar se perdia. Era tudo tão diferente. 
Acima de tudo o Alentejo é um lugar onde passei os melhores e piores momentos da minha infância e juventude. 
Ah! A vila a que me refiro  fica a 30 km de Portalegre e também a 30 km de Ponte Sôr  chama-se Alter, terra da minha mãe e toda a sua família.


De Fátima Mendes 

Dia 7-6-2023


A ti meu filho!

E hoje dia 7 de Junho…
Começo por dizer que faz hoje anos que foi um dos dias mais felizes da minha vida.
Na realidade, foi uma noite e um dia cheio de dores de dilatação. 
Toques e preocupação.  
Foi um dia do catano...!
Um dia, em que pensei:
Se algo corre mal, que vai acontecer ao meu bebé.  
Pois não sabia se era menino ou menina. 
Mas isso nunca foi importante para mim.
Pois o que eu pedi sempre a Deus era que viesse perfeitinho e com saúde.
Foi uma noite e um dia de medo, insegurança, angustia, dor, preocupação e ansiedade!
Foi o dia em que pensei em tudo.
Mas, sem dúvida alguma foi um dos dias mais importantes da minha vida!
Nasceu aquele que me tranquilizou, e nesse momento percebi o porquê da minha preocupação, do meu medo.  
Percebi que ele estava ali para me salvar, para me resgatar sempre que eu precise e para me proteger um dia quando for velhinha!
Assim que o vi, percebi o porquê de me ter preocupado com ele naquele momento!
Nasceu aquele que tem o poder de acalmar, de me fazer rir e de me ensinar a ver o mundo com outros olhos!
Nasceu aquele menino doce e meigo, que me arranca gargalhadas que me apoia, que torna tudo mais fácil!
Faz hoje anos que nasceu o "menino", que tem a capacidade de "passar por um portal mágico.
Onde existe um mundo igual a este mas onde as pessoas são muito mais felizes.
Faz hoje anos que nasceu aquele menino lindo, que sempre estende a mão para ajudar os outros, aquele que está sempre de bem com a vida, aquele que defende os amigos com unhas e dentes, aquele que faz sonhar!
Faz hoje anos que o universo me abençoou!
Faz hoje anos que nasceu aquele que vê e sente o mundo ao contrário, mas que se calhar é o lado correcto. 
O meu bebé, hoje um homem e um ser maravilhoso.  
Um homem feliz e que nos torna mais felizes com a sua presença.
Parabéns Filho! 
Amo-te e amarei-te sempre, em todos os momentos enquanto eu viver.
A felicidade vai acompanhar-te sempre mas sempre, simplesmente porque tu mereces! 
E  hoje… o meu menino é um Homem com um "H"!
Parabéns meu filho.


De Fátima Mendes 

Dia 7-6-2023