Mãe, nunca saberei entender o porquê...
Nunca entendi: porque tem de existir preferências, por alguns filhos.
Nunca entendi o porquê de não conseguires ver os teus filhos todos unidos.
Nunca entendi o motivo de te afastares dos teus filhos.
Realmente não entendi nem entendo muita coisa.
Minha mãe, isso jamais devia de existir entre mãe e filhos...
Nada nem ninguém deveria fazer-te duvidar dos teus filhos.
Minha mãe, quantas vezes desejei o teu colo e recolher-me no teu peito.
Quantas vezes desejei mimo, carinho e atenção.
Quantas vezes desejei poder abraçar-te, e dizer que te amava só para ver o sorriso no teu rosto.
E ao ver-te feliz, era sinal que retribuías o amor de mãe para filhos.
Mas isso jamais aconteceu.
Mãe que é mãe, respeita os seus filhos, para que os seus filhos a respeitem também.
Essa é a lei da vida.
Não te culpo, sei que a tua infância também não foi boa, mas podias ter aprendido com ela.
Não te culpo, sei que a tua infância também não foi boa, mas podias ter aprendido com ela.
Pois eu jamais deixei que a minha infância influenciasse o meu presente e futuro.
Dei aos meus filhos tudo o que eu não tive, e que gostaria de ter tido um dia.
Jamais deixei de lutar por medo de errar, ou de me machucar.
Pois as feridas com o tempo se curam, mas as oportunidades jamais voltam..
O silêncio mora em nós, assim como a dor.
Nunca saberei dizer adeus, agora não, agora nunca.
Tu devias ser o meu melhor lugar.
De Fátima Mendes
Dia 8-9-2022
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