Tentei esquecer-te,
Não consegui.
Tentei esquecer teus olhos,
Que não sabem ler nos meus.
Tentei esquecer tua boca,
Que não sabe ouvir ou ler na minha.
Tentei esquecer teu nome,
Mas foi impossível esquecer.
Tentei ver a minha imagem,
Mas foi a tua imagem que eu vi.
Tentei apagar este fogo que queima,
Mas o meu corpo em tempestade ficou.
Tentei dizer o que não disse,
Além de tudo o mais que tu não disseste.
Tentei ouvir lá fora a chuva,
Mas era o som da tua voz que eu ouvia.
Mandei a saudade embora,
Mas logo me arrependi.
Depois de arrependida,
Pôs-me a chorar.
As verdades mais certas e mais puras,
São as que saem do coração e da alma.
E a arte boa da vida,
tem a vida no momento.
Porque o riso dura um segundo,
E a dor uma eternidade.
Agora diz-me tu,
Que sentes como eu!
Fátima Mendes
Dia 14 de Setembro de 2011
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