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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tempo perdido

Quantos anos eu perdi,
Quanto tempo eu desperdicei.
Que estranho o problema que me põe em sarilhos,
Mas que na realidade sou eu que os tenho na cabeça.
Na esperança de ouvir alguém , com o coração a bater,
E o estômago dando voltas e a sentir um nó na garganta.
Sozinha sinto um arrepio pela espinha acima.
Mas ele simplesmente não está.
O amor faz-me crescer, e sorrir entre lágrimas.
Quantas páginas eu escrevia,
Quantos sonhos e marcas eu dividia.
O amor é frequente em todas as idades,
Muitas vezes se confunde dentro de minha alma.
Quantas vezes me interrogo sem decidir?
Se arrisco ou não arrisco.
Quantas noites perdidas a chorar,
Se era ou não correspondida.
Quantas vezes pensei que não conseguia,
Jogar fora no labirinto da saudade.
O amor vai e volta, no pensamento que eu escondo.
O amor é frágil prisioneiro e livre ,
O amor é sadio de se viver.
Desculpa-me devo ir embora,
Desta vez eu prometo a mim mesma.
Quero o amor de verdade,
Mas simplesmente só contigo...


De Fátima Mendes

Dia 31 de Maio
 



quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sonho

Aqui no silêncio da sala
Com a porta fechada
Sinto as gaivotas sobrevoando o mar
Sinto o vento bater em meu rosto
Diz-me que estou sonhando
Diz-me que és tu que sopras em mim
Vejo o pôr do sol sobre o mar
E vejo a noite entrar
A noite é minha conselheira
Vejo a madrugada a chegar
E sinto o vento bater nas árvores
E tu onde estás
Que não chegas para ver a paisagem
A cabana junto à praia
Fazendo parecer uma imagem
O vento dançando
O sol a sorrir
E eu deitada sobre a areia.


De Fátima Mendes


Dia 9 de Maio de 2012


Um grito de ajuda.

A chuva e o frio sem parar,
Não consigo ir ao jardim.
A noite fria e longa,
Que se apodera de mim .
Mas que inverno infernal,
Que não me deixa ver o sol.
Mas um dia vai ter de ter fim,
E ai poderei ver o sol.
E um dia ver a minha casa,
Repleta de luz .
O dia cinzento e escuro ,
Que acaba por nos atingir.
Mas só o calor do sol,
Acaba por nos aquecer a alma.
Eu só consigo ver, e imaginar,
Que o mar é azul e não verde.
Talvez de tanto sofrer,
De mágoa e tanta ingratidão.
Mas aqui dentro de mim ,
Estou gritando ao coração.
Que o inverno acabe rápido,
E que chegue a primavera.
E que encontre o meu novo amor
Pode ser que sim ,
Pode ser que não,
E que no verão,
Ele esteja junto a mim.
Que se acenda este fogo,
Que sinto dentro de mim...


De Fátima Mendes

Dia 9 de Maio de 2012